21/02/09
Lugar no longínquo
Não digas. Não digas aquilo que eu não quero viver. Peço-te que não fales. Queres o mundo todo e nada possuis, ou talvez não. Possuis me a mim, invades o meu vago pensamento e a fraca imagem que sou, controlas meu olhar e minha atenção. Sou tão vulgar, porque me possuis? Nada ambiciono, nada pretendo. Sem ambições. Nada é meu, se não esta simples qualidade que possuo. Saber amar, e apreciar cada momento que vivo, cada momento que recordo como se mais nada fizesse da vida. Aproveita-la, sentir o leve toque do sol em meu rosto, molhado, e meu corpo despido de quais quer medos e loucuras. Estou aqui, somente a ouvir o silêncio que se criou entre duas almas separadas. Este silêncio quase infernal, quase mortal. Quem foi este que ocupou o meu lugar, que só a mim pertence, era eu o dono daquele pobre quarto, aquela divisão só minha, aquela em teu coração, dedicada somente a uma alma vaga e por vezes insegura. Perdoa a minha visão, pois não mais consigo para de te olhar. Não mais a imagem do brilho de teu rosto iluminado pelo raios de sol consegue sair de meu pensamento, não mais quero deixar de te amar. Pois é a amar que todos os meus medos desvanecem, que meus defeitos cedem ao vazio. E que finalmente sou feliz. Vê o teu brilho. Sente o bater de minha juventude. Sente o frio luar, sente-me. Quebra-se o silêncio entre elas, e beijo tua boca, para sempre, tudo o que existe é para sempre.
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Muito bonito, José.
ResponderEliminaradorei, principalmente a última frase. *
ResponderEliminarExcelente Carnaval com muita cor, festa, alegria e animação.
ResponderEliminarhttp://desabafos-solitarios.blogspot.com/
De nada. E se tudo o que existe tem um sempre então que esse sempre seja digno de existir para sempre, e sempre mais. Adoro
ResponderEliminarencantada com os teus textos, simplesmente maravilhosos *-*
ResponderEliminarEsse amor parece ser para sempre.
ResponderEliminarApaixonado José.